CONCEPÇÕES ALTERNATIVAS QUE CERCAM A AROEIRA-BRAVA

OFICINA sobre plantas tóxicas- conhecimento popular
INTRODUÇÃO
As plantas tóxicas são capazes de alterar o funcionamento normal do organismo, desestabilizando as reações biológicas, podendo ser letal, devido a algumas substâncias presentes em sua composição (ALBUQUERQUE, 1980 apud VASCONCELOS, 2009). As relações de proximidade entre populações e os vegetais expõem o homem e outros animais às plantas tóxicas e podem gerar um conhecimento popular sobre estas plantas. O conhecimento popular é um tipo de conhecimento que se adquire através da relação direta entre o ser humano e as coisas, sendo que é carregado de valores pertencentes ao sujeito que o define, organizado a partir das experiências próprias deste sujeito, limitado ao que se refere à vida diária, interagindo com o cotidiano, não possibilitando as hipóteses e inerente às percepções objetivas (MARCONI; LAKATOS, 2003). Para trabalhar nesta oficina, foram selecionadas as seguintes plantas tóxicas: aroeira-brava, avelós, comigo-ninguém-pode, mamona e mandioca brava.
JUSTIFICATIVA
As plantas tóxicas podem estar presentes nos quintais das casas, nos terrenos baldios e podem até serem utilizadas como medicinais, o que pode ser perigoso e letal. Conhecer as relações estabelecidas entre as plantas tóxicas e a população leiga em conhecimentos científicos é necessário para derrubar mitos, o que pode salvar vidas.
RECURSOS
Textos impressos, computador ou smartphone conectado com a internet e fones de ouvido.
PÚBLICO ALVO
30 estudantes do Ensino Médio Regular ou EJA.
OBJETIVO GERAL
Apresentar aos estudantes plantas tóxicas por meio da visão popular, confrontando com os próprios conhecimentos.
OBJETIVO ESPECÍFICOS
1. Possibilitar que os alunos relatem seus conhecimentos sobre plantas tóxicas;
2. Aproximar os alunos dos conhecimentos populares brasileiros sobre plantas tóxicas;
3. Identificar os órgãos envolvidos;
4. Analisar o papel que a internet tem tido na popularização de notícias falsas e verdadeiras.
METODOLOGIA
Carga horária total: 60 minutos
1) 5 minutos: Conversa inicial sobre conhecimento popular, o que é, como se identifica e como se expressa.
2) A turma é dividida em 15 duplas.
3) 10 minutos: As duplas recebem o primeiro material para analisar o conhecimento popular sobre plantas tóxicas: uma imagem sobre a planta a ser estudada com perguntas. Os alunos devem responder as perguntas numa folha. (As atividades estão disponíveis nos botões com o nome das plantas que serão trabalhadas, logo abaixo do item 4).
4) 15 minutos: As duplas recebem materiais em vídeo e/ou textos que identificam a planta e relatam conhecimentos populares. Os alunos analisam esse material seguindo um roteiro de perguntas, respondendo-as na mesma folha da etapa anterior. Cada planta será trabalhada por 3 duplas, porém com atividades diferentes. Acesse as atividades através dos nomes das plantas tóxicas, abaixo:
5) 30 minutos: As duplas apresentam o resultado do seu trabalho para toda turma, durante um bate-papo final e entrega a folha contendo as respostas para o professor, para fins de avaliação. O professor conduz o bate-papo lançando as perguntas que foram disponibilizadas para as duplas, atentando-se para as perguntas diferentes que aparecem para plantas diferentes. Antes de encerrar o bate-papo, o professor questiona sobre a veracidade do material analisado, de uma forma geral, se mostrou evidências científicas ou não, fazendo os alunos refletirem sobre o conteúdo disponível na internet e o risco de notícias falsas, sempre estimulando o respeito à diversidade cultural e à opinião alheia.
Obs.: Em todas as atividades, o professor deve estimular os alunos a pesquisarem em dicionários ou na internet as palavras desconhecidas, encontradas por eles nos materiais utilizados nas atividades.
AVALIAÇÃO
A avaliação se dá pelo registro do envolvimento dos alunos, bem como pela comparação dos conhecimentos prévios dos alunos, que foram apresentados na etapa 2 da oficina, com a apresentação oral e a lista de respostas entregues.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Os quatro tipos de conhecimento. In: MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de metodologia científica. 5. ed, São Paulo: Atlas, 2003. cap. 3, p. 77-78.
VASCONCELOS, Jorge; VIEIRA, Janaina Gell de Pontes; VIEIRA, Eduardo P. de Pontes. Plantas tóxicas: conhecer para previnir. Revista Científica da UFPA, [S.l.], v. 7, n. 01, 2009. p. 1-10.