CONCEPÇÕES ALTERNATIVAS QUE CERCAM A AROEIRA-BRAVA

ATIVIDADES CINAMOMO
EXPRESSÕES CULTURAIS
O CINAMOMO
Cinamomo é nome popular para a Melia azedarach Linnaeus, planta da família Meliaceae. É uma árvore que mede de 10 a 20 metros de altura. É uma espécie exótica oriunda do sul da Ásia e da Austrália, introduzida no Brasil para fins ornamentais, capaz de fornecer uma sombra confortável e lenha de boa qualidade. Outros nomes populares são árvore-santa, jasmim-de-cachorro, jasmim-de-caiena, lírio-da-índia, loureiro-grego, santa-bárbara. Possuem em suas folhas e frutos as toxinas alcalóides neurotóxicos e saponinas, que causam na maioria dos mamíferos, dentre outros sintomas, cólicas abdominais, diarreia e depressão do sistema nervoso central. Seus pequenos frutos amarelos chamam atenção das crianças, que são comumente intoxicadas (TRINDADE, 2015).
Nesta unidade, temos 1 atividade contendo textos técnicos e científicos, fotos e tabela. Os textos mostram resultados de pesquisas sobre o cinamomo, que buscam soluções para problemas da saúde humana.
CONTEÚDOS A SEREM TRABALHADOS
Textos técnicos e científicos contendo estudos que envolvam o cinamomo.
PROBLEMATIZAÇÃO
Responder as questões: "Como a árvore cinamomo tem sido estudada pela ciência e como o homem comum tem recebido e utilizado os conhecimentos produzidos a seu favor?
OFICINA 1: PRODUÇÃO DE FOLDER
PROCEDIMENTO DAS ATIVIDADES:
15 min:
A. Distribuir os folders sobre plantas tóxicas para os trios, disponíveis nos links a seguir:
Em seguida, disponibilizar a atividade abaixo para o trio que trabalhará com cinomomo:
Texto 1: Cinamomo
"FAMÍLIA: Meliaceae
NOME CIENTÍFICO: Melia azedarach L.
NOME POPULAR: Lilás ou lírio da índia, cinamomo, lírio ou lilás da china, lírio ou lilás do Japão, jasmim-de-caiena, jasmim-de-cachorro, jasmim-de-soldado, árvore-santa, loureiro-grego, Santa Bárbara.
PARTE TÓXICA: Casacas, folhas e frutos
PRINCÍPIO ATIVO: Saponinas e alcaloides neurotóxicos azaridina.
SINTOMATOLOGIA: Início rápido: náuseas e vômitos. Quadro semelhante à intoxicação por atropina: pele quente, seca e avermelhada, rubor facial, mucosas secas, taquicardia, midríase, agitação psicomotora, febre, distúrbios de comportamento, alucinações e delírios, vasodilatação periférica. Nos casos graves: depressão neurológica e coma, distúrbios cardiovasculares, respiratórios e óbito.
TRATAMENTO: Esvaziamento gástrico com lavagem gástrica (em tempo útil) com água, permanganato de potássio ou ácido tânico a 4%. Tratamento de suporte, sintomático. Tratar hipertermia com medidas físicas. Evitar sedativos nos casos mais graves.
DESCRIÇÃO BOTÂNICA: Lírio , Cinamomo ou amargoseira, entre outros nomes vulgares, cujo nome científico é Melia azedarach, é uma árvore nativa do oriente (da Ásia até a Austrália) e subespontânea na América, Mediterrâneo e África. Chega a atingir os 20 metros de altura. A sua madeira é apreciada, de cor esbranquiçada, rósea ou avermelhada, com veios castanhos. É muito cultivada como árvore ornamental. As suas flores são aromáticas. Tem folhagem caduca, composta por folhas, usadas para fins medicinais, biimparinpinuladas (folhas compostas, que se subdividem em pequenos conjuntos emparelhados com um número ímpar de folíolos).
ORIGEM: Oriente"
(Texto retirado do blog Plantas Tóxicas. Disponível em: <http://plantastoxicas-venenosas.blogspot.com/2009/06/lirio-melia-azedarach-l-plantas-
toxicas.html#.XP-oABZKi70>. Acesso em 11 jun. 2019.)
1. O trio deve analisar o material fornecido e montar um folder ilustrado sobre o Cinamomo, contendo informações:
a) gerais sobre a planta
b) seus efeitos tóxicos nos humanos
c) substâncias químicas tóxicas presentes
d) usos medicinais populares
e) usos medicinais comprovados pela ciência
f) inovaçãoes tecnológicas
g)medidas de prevenção
Atividade para o trio CINAMOMO
Trechos do artigo "Potencial larvicida de Melia azedarach L. e Ilex paraguariensis A. St.-Hil. no controle de Aedes aegypti (Linnaeus, 1762) (Diptera: Culicidae)"
Maria Assunta Busato
Jaqueline Vitorello
Junir Antonio Lutinski
Jacir Dal Magro
Jaqueline Scapinello
"O controle natural de vetores com o uso de produtos naturais é menos impactante em relação aos inseticidas convencionais (sintéticos), pois esses produtos apresentam uma degradação mais rápida, resultando em menor exposição ocupacional e poluição do meio ambiente (BARRETO, 2005). A utilização de produtos de origem vegetal para o controle de pragas tem sido amplamente estudada devido ao potencial dessas substâncias como alternativas aos compostos sintéticos disponíveis no mercado, à elevada taxa de biodegradabilidade no ambiente e à menor toxicidade sobre espécies não alvo (VALLADARES et al., 1997; BEZERRA et al., 2014; KRINSKI, MASSAROLI, MACHADO, 2014). Vários pesquisadores têm trabalhado com produtos naturais, visando obter extratos de plantas, com atuação no desenvolvimento embrionário, na fase larval, pupa e na emergência dos adultos de insetos, inclusive o A. aegypti (POHLIT et al., 2004; BRUNHEROTTO e VENDARAMIM, 2001; CORIA et al., 2008; VALLADARES et al., 1997).
O mosquito A. aegypti é uma das mais de 500 espécies do gênero Aedes (Diptera: Culicidae). É o principal vetor da dengue e utiliza depósitos de água para colocar os seus ovos. Estes possuem capacidade de resistir à dessecação, mantendo-se viáveis na ausência de água por mais de um ano (TAUIL, 2002). Quando os ovos entram em contato com a água, após dois a quatro dias dão origem às larvas, que passam por quatro estágios: L1, L2, L3 e L4. Posteriormente, originam as pupas e, logo após, o mosquito adulto (NEVES, 2005). O controle populacional tem se concentrado sobre as fases larvais quando o processo é mais eficiente, mais seletivo e menos oneroso aos programas de prevenção à dengue (SANTA CATARINA, 2014)
(...)
Os resultados obtidos demonstram que os extratos etanólicos de M. azedarach apresentaram atividade larvicida em grande parte das concentrações avaliadas. (...)
O extrato de M. azedarach foi o mais eficiente dentre os tratamentos. Em 48 h, este apresentou 100% de eficiência, quando utilizado a uma concentração de 500 µg/ml e 2000 µg/ml, para folhas e frutos, respectivamente. Esses dados apontam que os extratos de diferentes partes da planta podem apresentar atividade larvicida. Extratos de M. azedarach, além de atuação larvicida sobre A. aegypti, apresentaram eficácia sobre larvas de outros insetos."
(Trechos retirados do artigo "Potencial larvicida de Melia azedarach L. e Ilex paraguariensis A. St.-Hil. no controle de Aedes aegypti (Linnaeus, 1762) (Diptera: Culicidae)".
Disponível em: <https://www.redalyc.org/pdf/4675/467546186011.pdf>. Acesso em 25 nov. 2019.)

Imagem 1: Cinamomo


FONTE: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Aedes_aegypti>. Acesso em 25 nov. 2019.
Imagem 2: Aedes aegypti adulto e larva
FONTE: <http://www.naturalmedicinefacts.info/large/30113.jpg>. Acesso em: 25 nov. 2019.
15 min:
B. Exposição dos folders.
20 min:
C. Bate-papo final.
AVALIAÇÃO
O professor avalia a partir do envolvimento dos estudantes ao realizarem o trabalho, ao opinarem sobre a produção dos folders e informações contidas nele e quanto à qualidade do folders montados.
OFICINA 2: ENTREVISTA
PROCEDIMENTO DAS ATIVIDADES:
*Se o professor optar em pedir aos alunos que realizem as entrevistas, basta seguir os seguintes passos:
20 min:
Distribuir para o trio os materiais utilizados na oficina de produção de folder. Os estudantes devem analisar o material e organizar a entrevista, que deve ser feita entre os integrantes do trio durante 15 minutos. É importante que durante a entrevista, sejam tratados os seguintes assuntos:
a) informações gerais sobre a planta
b) os efeitos tóxicos nos humanos
c) substâncias químicas tóxicas presentes na planta
d) usos medicinais populares
e) usos medicinais comprovados pela ciência
f) inovações tecnológicas
g)medidas de prevenção
15 min:
O trio deve utilizar esse tempo para fazer seu vídeo. Enquanto isso, a professora cria um grupo de whatsapp da turma. Ao terminarem seus vídeos, os trios os encaminham para o grupo de whatsapp.
20 min:
Os trios, sentados em círculo, assistem os vídeos dos outros trios e fazem comentários e perguntas, que podem ser respondidas pessoalmente ou através da rede social.
AVALIAÇÃO
O professor avalia a participação de cada aluno na produção do vídeo e nos bate-papos por meio da rede social e pessoalmente.
REFERÊNCIAS
TRINDADE, Amarante. Cinamomo - a perigosa árvore de Santa Bárbara. In: TRINDADE, Amarante. GeoAtelier SementeS. Jul. 2015. Disponível em: <https://geoatelier.blogspot.com/2015/07/cinamomo-ou-semente-de-santa-barbara.html>. Acesso em: 26 nov. 2019.
MATERIAL UTILIZADO NAS ATIVIDADES
BUSATO, Maria Assunta; VITORELLO, Jaqueline; LUTINSKI, Junir Antonio; MAGRO, Jacir Dal; SCAPINELLO, Jaqueline. Potencial larvicida de Melia azedarach L. e Ilex paraguariensis A. St.-Hil. no controle de Aedes aegypti (Linnaeus, 1762) (Diptera: Culicidae). Ciência e Natura, v.37, n.2, mai.- ago. 2015, p. 277–282. Disponível em: <https://www.redalyc.org/pdf/4675/467546186011.pdf>. Acesso em 25 nov. 2019.
CINAMOMO. Plantas Tóxicas. Disponível em: <http://plantastoxicas-venenosas.blogspot.com/2009/06/lirio-melia-azedarach-l-plantas->. Acesso em: 25 nov. 2019.
ESPÍRITO SANTO. Secretaria de Estado da Saúde. Centro de Atendimento Toxicológico – TOXCEN: Plantas Tóxicas. Disponível em: <https://ciatox.es.gov.br/Media/toxcen/Material%20Informativo/5-Plantas%20t%C3%B3xicas.pdf >. Acesso em: 18 dez. 2019.
LARVA de Aedes aegypti. Aedes aegypti. In: WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Flórida: Wikimedia Foundation, 2019. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Aedes_aegypti&oldid=56428925>. Acesso em: 25 nov. 2019.
Melia azedarach. Melia azedarach: Health effects and herbal facts. Natural medicine facts. Disponível em: <https://www.naturalmedicinefacts.info/plant/melia-azedarach.html>. Acesso em: 25 nov. 2019.
UM EXEMPLAR de Aedes aegypti adulto. Aedes aegypti. In: WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Flórida: Wikimedia Foundation, 2019. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Aedes_aegypti&oldid=56428925>. Acesso em: 25 nov. 2019.
PARANÁ. Secretaria de Saúde. Intoxicações por Plantas Tóxicas. Curitiba: Secretaria de Saúde. Disponível em: <http://www.saude.pr.gov.br/arquivos/File/zoonoses_intoxicacoes/plantas/Intoxicacoes_por_Plantas_Toxicas.pdf>. Acesso em: 11 jun. 2019.
SINITOX. Sistema de Informações Tóxico-Farmacológicas. 2017. Disponível em: <https://sinitox.icict.fiocruz.br/materiais-de-divulgacao>. Acesso em: 04 dez. 2019.